Petit Florina: MENINAS

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

MENINAS

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MATÉRIA REVISTA AT /JORNAL A TRIBUNA SOBRE BRECHÓ PETIT FLORINA DATA 08/08/2010

M O D A POR THAÍS LYRA 32 AT REVISTA (encarte do jornal A Tribuna) BRECHÓS ON LINE Blogs que comercializam roupas fazem sucesso na internet e são terreno fácil para você comprar peças boas, bonitas e baratas Abra as portas do seu armário ou do closet imediatamente e reflita: quais são as peças (de roupas a acessórios) que você, realmente, usa? Lembra do casacão MA-RA-VI-LHO-SO comprado baratinho, mas nunca usado? E aquela blusa, cheia de paetês, que saiu para dar uma voltinha uma única vez e agora está lá, encostada. Isso sem falar naquele jeans espetáculo, mas que não serve mais. Que tal transformar todo esse capital estagnado em receita? Pois foi isso o que fizeram algumas mulheres: criaram blogs, os brechós virtuais, e, além de abrirem espaços em seus guarda-roupas para outras aquisições, ainda saem no lucro. A santista Flávia Rocha Corrêa tinha uma arara lotada de vestidos e precisava se desfazer de alguns. "Pensei em vender as peças seminovas e em ótimo estado para um brechó, mas não deram valor. Então, resolvi montar o blog". Ela fez algumas pesquisas e, desde maio, gerencia o Petit Florina (http://petitflorina.blogspot.com). Em dois meses, já comercializou mais de 100 itens e conta que recebe dezenas de e-mails, todos os dias, com perguntas e elogios. "Além disso, ganho selinhos (uma espécie de certificação) dos outros brechós e isso dá credibilidade. As pessoas que já compraram também indicam e dão um retorno incrível. Algumas mandam até foto em que aparecem vestidas com a roupa que adquiriram no blog". Flávia é supercautelosa para evitar aborrecimentos com as leitoras. "Até agora, em 100 peças, não teve uma história de insatisfação. Houve um caso em que não serviu, mas a pessoa vendeu ou deu para uma amiga". Para não ter problema, passa todos os detalhes: medidas da roupa ou bolsa ou palmilha do sapato, se tem risco, algum defeitinho. "Sempre envio a encomenda rápido. No mesmo dia ou no seguinte ao depósito". EXPANSÃO DO NEGÓCIO O negócio cresceu mais do que o esperado e, atualmente, o Petit Florina é a principal atividade de Flávia, que coloca novidades diariamente no brechó virtual. "Como estou tendo lucros, resolvi investir. Então, tenho peças de amigas, família, algumas de bazar. Tenho que fazer as fotos, postar, cuidar do estoque, embalar... É uma loja mesmo, só que virtual". Para atrair leitoras, Flavia faz alguns sorteios e também promoções. E, além de roupas, coloca sapatos, bolsas e pretende incluir bijuterias e artigos de criança. Para se ter uma ideia, há camisetas de marcas conhecidas por R$ 25 e um vestido listrado curto, de malha, que custa R$ 45. no sucesso do bazar.Outros cuidados, como ser extremamente honesta na descrição dos produtos e mandar as peças sempre limpas e perfumadas às clientes, acabam criando uma fidelização. "Nunca recebi reclamação, pelo contrário. Faço questão de colocar os elogios que as compradoras me enviam para estimular outras pessoas". Cecília se dispõe a tirar todas as dúvidas e até faz reservas enquanto a cliente decide se vai ou não fazer a transação. "Mando fotos mais detalhadas, meço tudo o que a pessoa pedir. Assim, não ficam dúvidas e todo mundo acaba feliz".E para quem pensa que no ambiente frio da internet uma cliente insatisfeita fica sem ter onde reclamar está enganadíssimo. O Sindicato dos Brechós (http://sindicato-brechos. blogspot.com) é um espaço online que serve para elogiar um bazar ou fazer reclamações. E tanto blogueiras quanto compradoras sempre aparecem por lá, para ver se seu brechó online não agradou por algum motivo. Dois endereços também são muito usados nesse mundo virtual das compras: o Busca Brechó (www.buscabrecho.com.br), que tem um indicador de bons blogs, e o Garimpo Democrático, com o site de diversos outros brechós virtuais. "Nesse, inclusive, você pode fazer promoções, o que atrai público para o seu blog. Fiz o sorteio de uma bolsa e foram mais de 500 pessoas inscritas. Muito legal. Ganhou uma moça de Recife", conta Flávia. FOTOS SHUTTERSTOCK E REPRODUÇÃO /ARTEPADRON